domingo, 16 de janeiro de 2011

Dakar: Hélder Rodrigues no pódio

Hélder Rodrigues fez hoje história no desporto português ao conseguir o 3º posto final no Dakar Argentina-Chile 2011.
Nesta derradeira etapa, que ligou Córdoba a Buenos Aires, geralmente pouco muda na classificação, mas hoje a tirada final foi decisiva e imprópria para cardíacos, com o português a ser segundo do dia atrás de Frans Verhoeven, e beneficiando do atraso por problemas mecânicos de Francisco Lopez, que até ontem era o 3º da geral.
Na frente, Marc Coma repete a vitória de há dois anos. O espanhol controlou de perto Cyril Després, com o francês a terminar o dia no 4º posto, com Coma minuto e meio atrás, o que chegou para garantir a vitória.
Quanto a Ruben Faria, foi 16º do dia e manteve o 8º posto da geral, que, não fosse a penalização de duas horas, teria sido um quinto.
Hélder Rodrigues era um piloto realizado no regresso a Buenos Aires; “Hoje mantive a mesma atitude dos últimos dias e consegui ser muito rápido. Subir para o pódio foi desde a primeira hora o meu grande objectivo, e acabo por consegui-lo por mérito próprio, pois o Dakar é um teste a todos os níveis. A minha Yamaha WR 450 portou-se à altura, o Francisco Lopez teve problemas e a mecânica da sua moto não resistiu e assim trocámos de posição. Como tinha afirmado antes, o Dakar só acaba mesmo na última etapa e até lá tudo pode acontecer. Estou naturalmente muito feliz por este resultado e motivado para continuar a representar Portugal ao mais alto nível no palco do Dakar!”.
Nas contas finais, Hélder Rodrigues conclui a sua quinta participação no Rali Dakar com o 3º lugar da geral, contabilizando posições no “top 10” em todas as suas participações (e quatro no top 5), somando as provas de África e América do Sul.
Para Ruben Faria, “Não havia nada a provar no dia de hoje. Entrei rápido mas falhei duas travagens ainda numa fase inicial e optei por abrandar e não comprometer o meu resultado.” Palavras de Ruben Faria no final de um Dakar onde conseguiu a sua melhor prestação de sempre, depois de em 2010 ter sido 11º. “Estou feliz por isso naturalmente. É o meu melhor resultado de sempre mas fica o sabor amargo das duas horas de penalização que me tiraram a possibilidade de discutir a quarta posição final. Sei agora que falhei o ‘Waypoint’ por 38 metros, o que me deixa ainda mais chateado. Mas sinto que aprendi bastante e mostrei que o meu lugar era seguramente entre os cinco primeiros deste Dakar. Mas as corridas são mesmo assim e não vale a pena estar sempre a lamentar o sucedido.”
Os restantes pilotos portugueses em prova também atingiram Buenos Aires, com Pedro Oliveira a terminar em 23º da geral, Pedro Bianchi Prata em 30º, Rui Oliveira em 52º e Fausto Mota em 53º. Brilhante! E um saldo final excepcional para toda a “delegação” lusa, com seis pilotos do final, dos oito que partiram (abandonos de Paulo Gonçalves e João Rosa).