segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Dakar 2011 – 1ª etapa: Ruben entra a ganhar


Segundo dia de prova, e segunda metade da primeira etapa do Dakar Argentina-Chile 2011, já com uma especial de quase 200 km, que levou a caravana de Victoria a Córdoba. O vencedor do dia foi o mesmo que venceu a última etapa há um ano atrás, Ruben Faria, na frente do seu “chefe” Cyril Després e de Marc Coma. O quarto foi o mochileiro de Coma, Juan Pedrero, perfazendo as quatro KTM 450 de fábrica nos primeiros lugares. A melhor “não-KTM” foi a BMW de outro português, Paulo Gonçalves, no quinto posto, sendo que este top 5 ficou separado por apenas 2m18s.

Jonah Street (Yamaha), Francisco Lopez (Aprilia), José Hélio (BMW), Jordi Viladoms (Yamaha) e Frans Verhoeven (Yamaha) completaram o lote dos dez primeiros, logo seguidos por Hélder Rodrigues no 11º lugar.

Ruben Faria diz ter imprimido “um bom ritmo desde o início até ao final da especial. Era uma especial muito semelhante ao que estou habituado a encontrar em Portugal e estou muito contente por ter conseguido no final o melhor tempo. A especial adequava-se ao meu estilo de condução, senti-me muito confortável com a nova 450 e acabei por conseguir por me superiorizar a pilotos com estilos de condução muito diferentes. É um bom ponto de referência nesta fase inicial da prova e no final fiquei ainda mais satisfeito por saber que o Cyril conseguiu a segunda posição.”

Bastante à vontade neste tipo de especial o piloto de Olhão era já segundo na classificação à passagem pelo primeiro CP, atrás de Cyril Després, posição que manteve até ao CP6, a poucos quilómetros do final da especial, quando definitivamente assumiu a liderança para terminar o dia com 29 segundos de vantagem sobre o seu ‘chefe de fila’, o vencedor em 2010. Depois de vencer a derradeira especial do Dakar 2010, então aos comandos da KTM Rallye 690, Ruben Faria torna-se assim no primeiro piloto a oferecer uma vitória à nova KTM Rallye 450 no Dakar.

Paulo Gonçalves, a tentar "vingar-se" o azar do ano passado, quando estava entre os melhores, diz, apesar da sua posição,  não ter atacado. Alcancei um óptimo lugar apesar de não ter arriscado muito. O Rally é muito longo e vão haver etapas mais decisivas e árduas que esta. “

Quanto a Hélder Rodrigues, um atraso na equipa de assistência condicionou grandemente o primeiro dia de competição de Hélder Rodrigues no Rali Dakar Argentina-Chile 2011. Devido a este imprevisto o piloto não teve possibilidade de trocar de pneus antes da especial e optou por um andamento moderado que ainda assim lhe garantiu o 11º lugar. “Tive que arrancar para a etapa com pneus já demasiado gastos e por isso moderei bastante o andamento, nunca passei dos 155 quilómetros por hora. Consegui gerir a situação da melhor forma poupando o material e por isso estou satisfeito com o 11º lugar que alcancei. É verdade que perdi cinco minutos, mas mantenho a moral em alta porque o Dakar só está ainda a começar e posso recuperar o atraso nas etapas mais longas que aí vêm”.

Rodrigues não viu assim dificuldades de maior nesta segunda etapa, recordando as provas portuguesas; “Era um percurso que já conhecia do ano passado sem navegação e que oscilava zonas rápidas e técnicas bem ao gosto dos pilotos portugueses, como aliás ficou provado com a excelente prestação do Ruben”.

No que respeita aos restantes portugueses, Bianchi Prata foi 37º, Pedro Oliveira 41º, João Rosa 51º, Fuasto Mota 69º e Rui Oliveira 73º.

Amanhã a caravana do Dakar encaminha-se para Norte, numa tirada de mais de 700 quilómetros que fará a ligação entre Córdoba e San Miguel de Tucuman. Tal como aconteceu até agora, as motos e automóveis cumprem percursos diferentes. Durante os cerca de 300 quilómetros da especial, haverá lugar para alguns momentos verdadeiramente espectaculares em plena floresta – com o declive do terreno a prometer saltos em velocidade. (Motociclismo).

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