quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Dakar 2011 – 9ª etapa: Do Céu ao Inferno

O dia de despedida da caravana do Dakar de território chileno acabou por significar o adeus de Hélder Rodrigues à luta por um lugar no pódio. O dia tinha tudo para ser perfeito para o piloto português, com os mais rápidos a partirem em grupos de 10 ao mesmo tempo, percorrendo um percurso tipo circuito que os levava de Copiapo até… Copiapo.

Se a distância de 270 km no total – 235 km cronometrados – parecia um “passeio” em relação à dureza e distância do dia anterior, aquilo que se veio a verificar no terreno foi totalmente o oposto, especialmente para Hélder Rodrigues. As imensas dunas escondiam armadilhas que obrigavam os pilotos a manobras que custavam tempo precioso em caso de engano, facto que era do agrado de Hélder, pois é reconhecidamente um dos melhores em termos de navegação.

O piloto da Yamaha liderou grande parte da etapa mas, ao perder-se no quilómetro 215 “andei cerca de 9 km à deriva. Fui ficando para trás e depois acabei por ficar sem gasolina”, provando o ditado que “um azar nunca vem só”. Com este resultado, 33º posto na etapa de hoje a mais de dezoito minutos do vencedor do dia, Jonah Street, Hélder Rodrigues acaba por dizer adeus à luta pelo terceiro posto da geral.

Quanto à etapa em si, a vitória foi, como já referimos, para Jonah Street em Yamaha seguido de Frans Verhoeven a 3’38s de diferença. David Casteau foi terceiro e em relação à luta pela vitória final na edição deste ano, Cyril Després voltou a recuperar algum terreno para Marc Coma e, a diferença entre os dois à entrada da recta final da prova cifra-se agora em 8’14s ainda com vantagem para Coma.

Atrás dos dois pilotos da KTM mantém-se o chileno “Chaleco” Lopez e a sua Aprilia, ainda seguido de Hélder Rodrigues, que agora já está a mais de meia hora de distância do seu objectivo que é o pódio. Quem também aproveitou o azar de Hélder, foi Ruben Faria (26º na etapa de hoje) que apesar de não querer arriscar uma avaria ou queda evitando ritmos demasiados elevados, conseguiu aproximar-se consideravelmente do seu compatriota estando agora os dois pilotos separados por vinte minutos.

Quanto aos restantes portugueses em prova, o destaque continua a ser a extrema regularidade de Pedro Oliveira. Voltou a terminar uma etapa dentro dos trinta mais rápidos, ocupando o 26º posto na geral. Bianchi Prata foi 38º nesta etapa e ocupa a 40º na geral. Fausto Mota e Rui Oliveira terminaram o dia como 59º e 60º mais rápidos e ocupam 61º e 65º lugares na classificação geral.(Motociclismo)

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