quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

MC Porto carregou baterias num Alvão ensolarado


Que tempo bem empregue deram os 40 participantes do Passeio ao Alvão Lidergraf – MCPorto por terem saído de casa para percorrer de moto as estradinhas desde o rio Louredo até Bobal.
O domingo, 6 de Fevereiro de 2011 esteve fora de série para um Inverno. Seco, ensolarado, sem vento e de temperatura muito agradável o que fez que até sentíssemos calor durante as visitas a Agunchos, açudes e pontes dos vales desta região de transição entre Minho e Trás-os-Montes. Mas onde se esteve bem mesmo foi em Bobal, tanto à mesa como a passear pelos seus prados e moinhos para moer o valente osso da suã...
Com placa “Esgotado” pela segunda vez consecutiva após o sucesso do Passeio a Ílhavo há apenas 15 dias, este giro mototurístico à serra do Alvão arrancou do clube ao minuto! E foi sob o signo da pontualidade que se percorreu a autoestrada até Arco do Baúlhe, com a caravana a engrossar constantemente até se firmar nos 43 motociclistas, 27 motos e três carripanas.
Antes da hora prevista já as motos estacionavam nas ruítas rurais de Agunchos, aldeia recuperada. Toda? Em parte. Tem boas casas de pedra à venda para quem quiser. Fez-se aí finalmente um brieefing à maneira e a chamada, falou-se do que se ía ver e deu-se às pernas pelas ruelas e campos da terra. Engraçada, por sinal.
Poucos quilómetros adiante, a caravana parava de novo, mas agora num espaço mais natural, junto a açude do Louredo, afluente do Tâmega. O espaço era tão agradável que se tiraram aí centenas de fotos com as motos alinhadas diante do rio. E até a foto de grupo da passeata aí ficou registada.
Quem quer vir morar para o vale do Poio?
De seguida, já com as motos, passou-se a vila de Cerva de onde saímos por estradinhas muito engraçadas sobre o rio Poio. A zona é fabulosa para o mototurismo. As casas rurais, centenárias, difundem-se nos carvalhais ainda bem mantidos. Há linhas de água a correr por todos os taludes, campos e bosques. A vegetação ripícula do rio transmite bem-estar e frescura. É o nosso habitat.
E por isso, pouco adiante, estavamos de novo parados sobre a ponte medieval que sobrevive neste rio. Já lá andamos num moto-rali turístico há nove anos e foi aí fotografada a imagem do cartaz do 4º Lés-a-Lés.
Por isso, a comitiva do MC Porto andava bem disposta. Não regateava sorrisos nem fotos. O desorganizador-mor aproveitou para mais umas dicas e, nas calmas, sempre nas calmas, as motos fizeram-se à serra.
Em Cabriz, duas motos e igual número de casais voltou para Cerva pois a Tasca da Alice não comportava com mais pessoas. Subiram 39, agasalhados que a 900 metros de altitude está mais fresco. E a subida ofereceu quadros ímpares, com as motos a serpentearem pelos prados e aldeias, rebanhos e alguns gelos mantidos à sombra. Foram dos melhores dos 235 km desta rota.
Digerir o osso da suã na Natureza
Sempre à hora, finalmente os motores descansaram à porta do restaurante e foi com agrado que todos se sentaram à mesa na salinha panorâmica da D. Alice.
A refeição estava muito boa, como de costume e mal se fizeram contas (o almoço foi a repartir por todos) todos abalaram para passear a pé um pouco pela serra. Até o Carlos Ruivo, ainda de muletas por ter tido aquele azar no escadote.
Os paparazzis Afonsov e Gisela muito davam ao gatilho, os moldavos Andrei e Oleg preferiram subir ao topo mais alto do local, o “camaronês” Nóbrega Pontes – um regresso que se saúda – andava nas sete quintas a fotografar tudo o que se mexia e estava quieto, a família Zagallo vasculhava todos os carreiros, carvalhos negrais e vidoeiros, a Tuxa frinchava uma vitela num curral, os vianenses João e Rita consolavam-se ao sol junto à cascata, o Domingos Cruz provava a qualidade das suas botas metendo-as até à canela na lagoa, o Tiago e Miguel Teixeira cuscuvilhavam os moinhos ao pormenor, o sócio mais recente – feito no dia – Ricardo Varejão contemplava as movimentações do alto de um rochedo, o desorganizador-mor bebia da lagoa, o Zé Aníbal contava estórias do ciclismo e o Rui Granjeio, Paula Ruivo, Teresina, Carlos Gomes, Scotch, Lina, Estevão, Fernando, Luciano, Alice e o veterano Rui Salgueiro juntavam-se a esta pastorícia que soube pela vida. Talvez mais alguns também tivessem vindo esticar as pernas, mas houve quem quisesse ficar na treta junto às motos.
Muito custou virar as costas à cascata e lagoas para rumar às motos...
Fisgas domingueiras
E assim lá viemos embora de Bobal, por uma serra de carvalhais, morna e suave, encantada pelo sol. As estradas desertas não faziam supor que as Fisgas estivessem atafulhadas de gente. Quase não havia espaço para encaixar as nossas motos. Foi ver e andar que este não é muito o nosso meio. O Ôlo despenhava-se com força mas não estavamos à vontade entre tanta lata.
E o passeio continuou pela estradas até Paradança e daí pelo troço florestal, percorrido a 30 km/h ou menos, até ao Fridão. A entrada em Amarante fez-se ao longo do Tâmega (sabe mesmo bem) com despedidas junto da ponte defendida pelo General Silveira há 200 anos.
O Moto Clube do Porto agradece à Lidergraf o constante apoio de mais de uma década e a todos os participantes pela alegria, disciplina e pontualidade. Assim é fácil organizar passeios.
Fotos em breve e achamos que podem contar rapidamente com os links da Gisela e Afonsov. Devem ter grandes bonecos. E até quem sabe, do Zagallo também.
Queirós e passeio de trails animam a 12 e 13
O MCP volta a mexer no próximo fim-de-semana. No sábado à noite, o Queirós vem-nos contar à sede a sua última parte da viagem na América e domingo, 13, são as trails que vão rolar para estas mesmas bandas. Alvão e não América, entenda-se...
Fotos
As do Afonso já chegaram (365) - clica aqui
As da Gisela também (375) - clica aqui
As do João Zagallo (156) - clica aqui
E ainda as da Paula Ruivo (75) - clica aqui

Grupo MCP no Passeio ao Alvão 2011

Um moldavo com uma japonesa numa ponte medieval portuguesa

Encontros caprinos no Alvão

Passeio ao Alvão e não um anúncio a shampô

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