terça-feira, 12 de julho de 2011

Moto Clube do Porto faz 25 Anos


O Moto Clube do Porto prometeu uma celebração memorável e espera ter cumprido aos 151 convivas presentes na gaiense Quinta da Boucinha neste domingo, 10 de Julho.
Os 25 anos de um clube activo como o nosso merecem ser comemorados de forma digna e o facto dos mais altos elementos federativos, dos dois dirigentes históricos do MC Faro, bem como os presidentes do MotoCruzeiro de Bragança, Mototurismo do Centro, Clube Varadero, RunPorto, quase todos os fundadores e uma divertida e agradável massa associativa ter estado presente, sensibilizou a Direcção que também surpreendeu com alguns pormenores e lembranças.
De facto, das 12.30h às 18.30h desfiaram-se imensas memórias, reviram-se caras há muito afastadas, trocaram-se inúmeros abraços e ninguém foi parco em palavras de gratidão.
A Filipe Motoshow esteve presente com a nova Z100SX




A foto para a revista social






Sol, motos e charme no relvado

O sol e temperatura agradável deu um colorido fora-de-série à recepção dos convivas nos jardins da Quinta da Boucinha, em Vila Nova de Gaia. Bem merecíamos após uns “Morcegos” chuvosos decorridos há pouco mais de 24 horas.
Os espaços verdes desta quinta são a sua mais valia, muito bem tratados e viçosos. Com seis motos expostas aos pares, o MC Porto (com grande ajuda de Mário Campos e Vasco Rodrigues) fez notar a evolução de algumas motos míticas de 1986 até hoje. A CBR 600, a ZZR 750 e a K 1100 LT. E quem as empurrou até aos relvados é que notou bem... no peso. Também o MC Porto evoluiu bastante neste espaço de tempo. Desde os primeiros anos de muita adrenalina no punho (confessados nos discursos) até aos requintes mototurísticos dos eventos de hoje, procurando o conhecimento, o que se manteve foi a amizade e o mesmo espírito de paixão motociclística. Os fundadores reviram-se como o octogenário José Garcia e os septuagenários Rui Salgueiro e Virgílio Guimarães – que envergava a primeira t-shirt do MCP – motociclistas para quem a idade são apenas algarismos no BI.
As senhoras brilhavam no relvado e as motos formaram longa fila no parque de estacionamento.
O serviço da Quinta esteve impecável e o MC Porto tinha uma “passadeira vermelha” – dois roll-ups a estrear com o símbolo dos 25 do clube – onde todos, sim todos, os presentes tiraram fotos para a história.
Jorge Viegas, presidente da FMP, fez a surpresa ao MC Porto com a sua aparição, honrando-nos de novo, já que também tinha estado presente no nosso 20º aniversário.
Sr.Viegas Presidente da Federação Nacional de Motociclismo e Tó Manel da Motojornal

FMP e RunPorto à sobremesa

Passou-se uma hora num instante num ambiente tão bom que passou a correr, chegando então a hora de subir ao salão para o almoço.
Na altura exacta chegou também Jorge Teixeira, da RunPorto, pois tinha estado a organizar minutos atrás a Corrida dos 25 anos da Rádio Festival, onde a equipa MCP trabalhou com 7 motos, para além de outros sócios em serviços distintos (mas isso já é treta para outra notícia).
O almoço decorreu como habitualmente, com muita conversa entremeada de pratos de peixe e carne.
Em mesas redondas de 10 lugares, o convívio fluiu com boa disposição neste dia de festa.
Ainda antes da sobremesa, foram trocadas lembranças entre o MCP e a FMP. Jorge Viegas e Tó Manel tinham de sair para uma prova de campeonato nacional, bem como Jorge Teixeira, esposa e filho, estavam comprometidos com os horários. Mas deixaram bonitas palavras ao nosso clube. O organizador das maratonas do Porto afirmou que não passa sem nós, Jorge Viegas enalteceu o trabalho do clube mas deixou as honras protocolares para José Artur Campos Costa e o carismático Tó Manel – líder de tantas batalhas ganhas como as das portagens, rails, lei das 125 e imposto de luxo -  referiu que “o Portugal de Lés-a-Lés sem o MCP seria um caso a repensar devido à força que damos na sua organização”.
Os sócio fundadores do MCP

As Ladies do Clube

Nova Arosa e Henisa adoçam convivas. Fotógrafos surpreendem

O almoço retomou o ritmo normal das sobremesas e cafés até dar entrada um enorme bolo da Confeitaria Nova Arosa, oferta do sócio Agostinho Santos. Com decoração cuidada e personalizada o bolo foi fatiado após as senhoras do clube cantarem em coro os parabéns, dando o mote ao resto da sala. Para o acompanhar, espumante Henisa, oferta de Henrique Araújo e vinho do porto, oferta do MCP. Haja fartura e muito obrigado ao Agostinho e Henrique.
Pela sala começaram também as “partenaires” da Direcção a distribuir as fotos tiradas no jardim, em capas personalizadas com a data. Nem nos casamentos há semelhante eficiência! E todos ficaram bastante bem e agradados com a surpresa, bastante trabalhada pela Fina e Nuno Feliz.


O bolo de Aniversário





Lições de vida

Já passava das 16.30h quando finalmente se colocou o palco em posição para não dar descanso ao microfone. Neste aniversário não nos sentíamos pressionados pela partida dos Morcegos, passeio que normalmente sucede ao jantar comemorativo, e houve tempo para sentir a força e emoção de todos os associados galardoados nesta data.
Como habitualmente começamos pelos sócios que completam uma década de clube: os jovens Pedro Barros e Carolina Fonseca e os já activos Rui Melo e Hugo Figueiredo limitaram-se a um “obrigado”, mas Carlos Carvalho, sócio de S. Pedro de Alva, Penacova, referiu eloquentemente a necessidade dos sócios ajudarem a crescer o MC Porto.
Chegamos aos sócios de 20 anos onde Heitor Pinto e João Zagallo, ambos mototuristas compinchas de muitos quilómetros nestes anos subiram ao palco para receberem as suas medalhas. João levou enorme salva de palmas pela força com que tem combatido as arreliadoras maleitas que lhe tem surgido. Está em forma e sempre activo, ao lado da inseparável Célia.


A Direcção do MCP
A Homengem aos sócios fundadores

Abriu-se o baú das memórias

E nesta comemoração de Bodas de Prata o MC Porto tinha forçosamente de homenagear os motociclistas que em 1986 puseram o clube em marcha. Com medalhas prateadas e personalizadas para todos foi chamando um a um e por ordem decrescente de numeração, os 13 sócios presentes, que nos jardins já haviam tirado foto espectacular! Hugo Lima representou o pai Vasco e Rui Salgueiro foi o primeiro fundador a usar a palavra, agradecendo o trabalho das Direcções. João Campos é homem de acções e foi parco em palavras, José Fonseca foi bastante elogioso e Abílio Ramos confessou que agora terá mais tempo para voltar a usufruir dos nossos eventos.
Mário Campos, único, começou por recordar Ernesto Oliveira e Jorge Garcia, este levado por doença prolongada. Recordou os primeiros tempos de encontros do clube, no Varanda do Sol, na Foz e como o clube cresceu desde então.
Rui Marinho aproveitou para agradecer o constante apoio da esposa Olívia, e Dinis Mota voltou a referir o amor que lhe surgiu pelas motos, algo tardiamente mas muitíssimo a tempo. Ricardo Ribeiro era ainda uma criança de 7 anos quando entrou para o clube mas ainda se lembra bem das passeatas que dava com o pai, Domingos Ribeiro, outro fundador que também as recordou ao micro. Virgílio Guimarães, confessou a tal adrenalina inicial dos primeiros anos do MC Porto e até antes deste ser formado. Mas felizmente isso passou. Com uma pujança digna de registo para os seus 81 anos, José Garcia salientou o facto de muitos motoclubes terem aberto e fechado portas nestes 25 anos, facto que não passa pela cabeça de ninguém afecta ao MC Porto. O nosso percurso diferente dos habituais organizadores de “concentrações mais-do-mesmo” marcou mesmo o nosso destino.
E para terminar, Manuel Soares, sócio nº 1, recordou o início da década de 80, e como se juntou a fome à vontade de comer, unindo o gosto comum de muitos motociclistas da região do Porto que se deslocavam com frequência a eventos galegos, com a formação do Moto Clube do Porto!

Sotaque algarvio para terminar

A tarde ia longa mas saborosa e notava-se a plateia interessada nestas memórias de motociclistas veteranos. E como o MC Porto estava a ser honrado por quatro motoclubes de todo o país, de Trás-os-Montes ao Algarve, quis saber o que nos ligava afinal a associações de tão longe da Foz do Douro.
João Pimentel, presidente do Clube Varadero referiu que é o mototurismo a causa comum.
Chico Vara, líder do MotoCruzeiro de Bragança há quase 20 anos, memorizou um célebre passeio invernal nosso em 1994 à sua cidade. Nasceu no meio do frio e nevoeiro uma amizade que nos une até hoje.
José Valença, representante do conimbricense Mototurismo do Centro salientou a nascença quase conjunta e caminho paralelo que os dois clubes tem percorrido e como eram unha com carne no seu início.
Todos ofereceram lembranças ao MC Porto e foram brindados com vinho do Porto MCP 25 anos.
Mas espectacular foi o quadro de madeira trabalhado oferecido pelas mãos de José Amaro e Fernando “Pacaças” Fernandes, históricos presidente e vice-presidente do MC Faro.
O MCP ficou extremamente sensibilizado com o esforço destes dois gurus do motociclismo nacional em terem vindo ao Porto, logo a apenas três dias da sua 30ª concentração, aquela que se prevê como a maior e melhor de sempre!
Zé Amaro até lembrou que pela recepção mensal do nosso boletim, se vai apercebendo da actividade contínua deste nosso clube. Foi um momento marcante da tarde. Muito obrigado!
E para terminar, a Federação de Motociclismo de Portugal pela voz do vice-presidente, o famalicense e amigo José Artur Campos Costa, motociclista que enalteceu o trabalho do MCP na organização do congresso UEM no ano passado - considerado o melhor de sempre - e a qualidade dos nossos eventos.

Com chave de prata - a de ouro será daqui a outros 25 anos - o Presidente da Direcção Carlos Gomes agradeceu a presença de todos e a boa disposição reinante.
O relógio batia as 18.30h, significando seis horas de franca amizade.
As despedidas duraram até bem depois das sete e pelas 20 horas ainda havia quem conversasse pelo exterior da quinta, num fim de tarde espectacular.


texto :MCP

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