quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

MotoGP: Yamaha ainda sem patrocinador


Que a crise económica afectou (e continuará a afectar durante muitos anos) os desportos motorizados, incluindo a principal categoria do Mundial de Velocidade, o MotoGP, ninguém tem dúvidas sobre isso mas, quando aquela que é considerada a melhor equipa desta categoria e que tem dominado esta competição nos últimos anos, não consegue chegar a acordo com uma marca para ser sua patrocinadora, então a questão ganha novos contornos.

A equipa a que nos estamos a referir é a Yamaha e os seus dois pilotos, o campeão mundial Jorge Lorenzo e o seu novo companheiro de equipa, o americano Ben Spies. O contrato de patrocínio entre a Yamaha e a Fiat terminou no final da temporada passada, coincidindo com a partida de Valentino Rossi para a Ducati.

Apesar de várias marcas terem sido ligadas à Yamaha para serem os principais patrocinadores da sua equipa de fábrica – Petronas, Telefónica e AirAsia –, a verdade é que as negociações ainda não chegaram a bom porto.

De acordo com Lin Jarvis, responsável pelo projecto de MotoGP da Yamaha, “esta situação não nos é completamente estranha mas claro que não nos sentimos bem com isto. A minha preocupação é mais para com o desporto em si, porque se a nossa equipa de sucesso com pilotos que são jovens e estrelas deste desporto não consegue atrair patrocinadores principais, então penso que temos de ver melhor o que este desporto está a oferecer às marcas a nível comercial.”

E se os fãs devem ficar preocupados com a falta de apoios que as equipas estão a sentir, Lin Jarvis vem por outro lado “deitar água na fervura”, garantindo que a Yamaha irá iniciar o ano de 2011 correndo apenas com as cores azul e branco, as cores tradicionais, até ser encontrada uma solução melhor, entrando mesmo em alguns detalhes normalmente pouco notados pelos fãs

“Estamos optimistas que a curto prazo vamos conseguir resolver o problema. Se não acontecer, temos um plano B, iremos correr com as cores da empresa. Claro que isso irá colocar mais pressão no nosso orçamento mas havemos de encontrar uma solução. Um patrocinador principal ajuda no orçamento da equipa, mas o investimento principal continua a ser da casa mãe. Os pilotos são uma parte importante do projecto e o patrocinador ajuda-nos a pagar o salário apropriado.”

Tendo em conta as palavras de Jarvis, o esforço da Yamaha em MotoGP não deverá sofrer muito tendo em conta o que já vimos acontecer noutras equipas, como o abandono da Kawasaki e a redução do esforço da Suzuki que irá competir em 2011 apenas com um piloto, Alvaro Bautista. (texto e fotos Motociclismo.pt)

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