quarta-feira, 29 de junho de 2011

Porto - Autodromo do Estoril - Porto em Kawasaki GTR 1400

No fim de semana de 25 e 26 de Junho fui juntar-me à equipa de Leiria da Filipe Motoshow que se encontrava no Autódromo do Estoril e naturalmente deixei a minha habitual moto de utilização diária, a Daelim S1 , por uma montada mais vocacionada para longos trajectos em auto estrada: a Kawasaki GTR 1400!

Dia 25: Levanto-me às 04h30 da manhã . As previsões meteorológicas são de um fim de semana muito quente sem chuva mas a experiência diz-me para nunca abandonar o fato de chuva que me acompanha para todo o lado. O equipamento é muito importante e para além do habitual blusão e capacete integral levo luvas reforçadas em Kevlar, jeans com protecções em Kevlar, joelheiras rígidas para os joelhos, protecção de coluna e botas. Coloco a roupa "civil" nas malas , ponho a GTR a trabalhar e arranco. São 05h15m e ainda é noite.

A GTR tem uma posição alta que faz lembrar uma Trail e mesmo com os meus 1,78 metros fico com as pernas esticadas para chegar ao chão. Coloco o parabrisas eléctrico na posição desejada e vou verificando através do botão do lado esquerdo as várias funções disponíveis : consumo médio, consumo instantâneo, autonomia, carga da bateria, pressão dos pneus e temperatura exterior. Fico pela temperatura exterior : estão 18 graus! No entanto poucos kms depois chego à A1 e um bafo de ar quente atinge-me com o termómetro  a mostrar 25 graus.
Um dos grandes problemas de viajar a velocidades mais elevadas é o ruído do capacete. O meu capacete não é realmente o ideal e eu esqueci-me dos tampões dos ouvidos. O ruído aerodinamico quando forte  provoca perda gradual de audição pelo que siga o meu conselho, se vai fazer grandes viagens escolha um bom capacete , aerodinamico, boa ventilação e leve sempre os tampões dos ouvidos.

A temperatura baixa até aos 15 graus e na zona de Estarreja sou obrigado a abrandar devido a um acidente que mais tarde vim a saber se tratar do músico/actor Angélico. Os mosquitos fazem questão de se alojar na minha viseira pelo que só com cerca de 100 km percorridos tive parar para a lavar .
Retomando a estrada sou abalroado por uma grande ave que mergulha para a frente da moto e é atingida pelo espelho direito que recolhe. Não sei o que lhe aconteceu mas felizmente não houve danos.
O resto da viagem não teve história a não ser as paragens para limpar a viseira e meter gasolina. Foi notória o bom trabalho da Kawasaki no desenho do arrefecimento do motor pois o manómetro apresentou sempre valores baixos.
Cheguei ao Autódromo do Estoril às 08h30 sem cansaço o que confirma que a GTR é uma opção excelente para grandes tiradas.

Está muito calor de modo que meto a GTR dentro da boxe e retiro das malas o vestuário de trabalho. A frente da moto está carregada de mosquitos e aproveito para lhe fazer uma "limpeza". 
À hora de almoço saímos para "matar o bicho" e conhecer um pouco o Estoril. A verdade é que parece ser o paraíso das rotundas e embora a GTR não se queixe uma supermotard vinha mais a calhar...

Depois de um dia de trabalho ficamos num hotel das redondezas e a GTR ficou ao relento no parque de estacionamento.
Dia 26 : De manhã bem cedo arrancamos novamente para o circuito para o último dia do Track Day.

O calor continua a ser muito quente (cerca de 36 graus) e no final , depois de termos desmontado os expositores e colocado tudo nas carrinhas, arranco às 19 horas no regresso para o Porto.  O manómetro marca 32 graus de temperatura exterior e desta vez resolvo ir em direcção a Sintra para apanhar a IC 19. Várias rotundas depois consigo chegar à IC e por fim entrar na CREL onde ,como quase sempre, apanhamos fortes ventos laterais.

Nessa via opto por parar numa das bombas para jantar qualquer coisa pois as probabilidades de encontrar os restaurantes da A1 sem estarem cheios de pessoas que regressavam do Algarve de um fim de semana alongado, eram bastantes escassas. O parque de estacionamento estava cheio de pétalas de flores que caiam das árvores. A especialidade são sandes e opto por uma mais substancial. No restaurante só estou eu e a equipa feminina de Rugby Portugal...

Volto à estrada e começo a apanhar o forte vento lateral entre túneis da CREL. A GTR mostra-se indiferente e percorre com suavidade o asfalto que leva até à A1. A partir daí o transito é mais denso devido às pessoas que regressam a casa e tenho de ter mais atenção na condução. Os espelhos dão boa visão lateral  para nos podermos precaver dos carros que nos rodeiam . 
O calor continua muito rondando os 32 graus mas o manómetro de temperatura  do motor marca só 2 traços. A caixa tem 5 velocidades + Overdrive e utilizei a maior parte das vezes o regime ECO (económico). Os consumos são reduzidos se não ultrapassarmos os 160 km/hora e durante a viagem fiz uma média de 6,7 litros/100 kms.

A iluminação é bastante boa e a travagem é eficiente com o ABS e repartidor de travagem. Este modelo vem também equipado com o controle de tracção o que nos transmite segurança ao curvar. Antes de chegar a casa ainda fui obrigado a para várias vezes para lavar a viseira dos mosquitos.
Para terminar a portagem de Espinho não é pratica para os motociclistas que não tenham Via Verde . É automática e obriga a que tenhamos de sair da moto para efectuar o pagamento.






Rui Marinho /Filipe Motoshow

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